Uma figuraça. Daqueles tipos que não deveríamos morrer sem conhecer. Do tipo que nós nos apaixonamos logo de cara. Arí. Esse é o nome da peça. Chegamos à casa dele já bem à noite, em Lagoa Santa, Minas Gerais. E já com muita conversa, boa música, novos amigos, poesias, histórias, a lendária cachacinha mineira... A noite durou até o dia começar a aparecer. Ao despertar, entorpecido ainda pela estrada, pelo prazer de carregar minha menina na garupa da minha moto estrada à fora, pela própria estrada, pelos aromas inebriantes de Minas Gerais, pela energia emanada dos amigos queridos e, sem sombra de dúvidas, pela deliciosa cachaça mineira, saquei a pena do alforje e parí uma homenagem ao meu mais novo e de sempre amigo Arí.
Vou Arí e Não Volto
Não vou mais parar!
Vou de pé, motocicleta, bicicleta. Não importa!
Nem vou pensar na volta
Quero conhecer gente
Gente daquelas que a gente sente
Que pega, abraça, beija e não mente
Se mente, mente de um jeito que a gente nem sente
É disso que eu preciso. Viver!
Não so-bre-vi-ver...
Quero Vir e Ver
Vir e Ver esse tipo de gente, a natureza...
Vir e Ver a beleza das coisas "incompráveis".
Então, para resumir a história, sem mais delongas
Vou Arí e não volto nunca mais.
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