segunda-feira, 30 de maio de 2011

Provérbios Populares


Saca aquelas frases feitas que saem de nossas bocas sem nem mesmo nos darmos conta? Aquelas que normalmente nem sabemos a origem. Que tem vontade própria. Elas estão por aí pairando sobre nossas cabeças sem que saibamos o porque. Não é verdade que elas saem as vezes assim, Plóft! sem querer? Sabe-se lá de onde vieram. Como é que elas foram parar na minha cabeça? De onde surgiram e o que elas realmente querem dizer? Provérbios, adágios, ditados populares, rifões, ditos, anexim, máxima, etc... Coisa de doido.


Conforme o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa sabe-se que:

Provérbio
s. m.
1. Máxima expressa em poucas palavras e tornada vulgar.
2. Rifão; anexim; adágio.
3. Comédia em um ou dois actos cujo tema é um provérbio.

Adágio
(italiano adagio)
s. m.
1. Espécie de provérbio que recorda com seriedade o que é usual; máxima, sentença popular.
2. Trecho musical de andamento vagaroso.

Ditado
s. m.
1. O que se dita para outro escrever.
2. Exercício de ditado.
3. Adágio, rifão.

Anexim (ch)
(árabe an-anaxíd, canto)
s. m.
1. Dito sentencioso em linguagem popular.
2. Rifão.

Rifão
s. m.
1. Ditado popular e conceituoso.
2. Provérbio; anexim; adágio.

Ou seja, um quer dizer o outro e o outro quer dizer um.

Na verdade a intenção não era filosofar sobre o tema, e sim, pesquisar a origem de alguns dos ditados populares mais conhecidos. Então, futucando nas mais profundas memórias (e no Google, é claro) selecionei as histórias mais interessantes. Aí vai!


À Beça
O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

A Dar Com o Pau
O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros os jogavam sopa e angú goela abaixo.

A Pressa é Inimiga da Perfeição
Esta frase antológica passou ao acervo de ditos célebres pela pena do famoso jurisconsulto brasileiro Rui Barbosa de Oliveira, ao comentar a rapidez com que se redigia o Código Civil Brasileiro, que trouxe, em sua versão final, preciosas anotações do mestre. O águia de Haia, como era chamado por sua atuação em famosa conferência que pronunciou na Holanda, acrescentou que a pressa é também "mãe do tumulto e do erro".

A Ver Navios

Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (século XVI), desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado.  Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum que pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria. Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.

A Toque de Caixa
A caixa é o corpo oco do tambor, instrumento que foi levado para a Europa pelos árabes. Como os exercícios militares eram acompanhados pelo som de tambores, dizia-se que os soldados marchavam a toque de caixa. Atualmente refere-se a uma tarefa que se tem de fazer rapidamente, eventualmente a mando de alguém ou mesmo à força.

A Voz do Povo, A Voz de Deus
As pessoas consultavam o deus Hermes, na cidade grega de Acaia, e faziam uma pergunta ao ouvido do ídolo. Depois o crente cobria a cabeça com um manto e saía à rua. As primeiras palavras que ele ouvisse eram a resposta à sua dúvida. Assim, a voz do povo era a voz de Deus.

Afogar o Ganso
No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima. Daí a origem da expressão, que se refere a um homem que está precisando fazer sexo.

Água Mole em Pedra Pura Tanto Bate Até Que Fura
A expressão louva a persistência como virtude que vence a dificuldade, ou seja, insista que você consegue. Há o registro em Ovídio (43 a.C.- 18 d.C.), poeta latino, autor de A Arte de Amar e Metamorfoses: "A água mole cava a pedra dura." Por tradição várias culturas formam rimas nesse tipo de oração para facilitar a memorização. Foi o que nós, de língua portuguesa, fizemos com o provérbio.

Amigo da Onça
Conta-se que um caçador mentiroso ao ser surpreendido sem armas por uma onça deu um grito tão forte que o animal fugiu apavorado. Como quem o ouvia não acreditou dizendo que se assim fosse ele teria sido devorado, o caçador, indignado, perguntou se o interlocutor era seu amigo ou amigo da onça.

Amizade Remendada, Café Requentado
O café, depois de pronto, não deve nunca ser reaquecido. Esse segundo aquecimento provoca a destruição de substâncias responsáveis pelo seu aroma e seu sabor. Isso feito o café se torna amargo.

Andar à Toa
Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama.

Aquela Que Matou o Guarda
Trata-se de uma mulher que trabalhava para D. João VI e se chamava Canjebrina (termo associado à pinga, cachaça). Ela
teria matado um dos principais guardas da corte do Rei. O fato não foi provado. Mas está no livro Inconfidências da Real Família no Brasil, de Alberto Campos de Moraes.

Até Aí Morreu Neves
Joaquim Pereira Neves, assessor do Padre Feijó, teve uma morte horrível, sendo decapitado por índios. Não se falava mais nada na Capital a não ser na morte do Neves. O episódio encheu tanto a paciência do povo, que começaram a dizer: Até ai morreu o Neves, ou seja, quero novidades.

Ave de Mau Agouro
Diz-se de pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia desgraças. No passado as aves foram um dos recursos das crendices. Na antiga Roma, a predição dos bons ou maus acontecimentos (Avis spicium, em Latim) era feita através da leitura do voo ou canto das aves. Os pássaros mais usado para isso eram a águia, a coruja, o corvo e a gralha. Ainda hoje perdura a conotação funesta com qualquer destas aves.

Batismo de Fogo
Ao condenar os hereges à fogueira, a Santa Inquisição sustentava que não tendo eles sido batizados com água benta, faziam ali o seu batismo de fogo. E os que os condenavam ainda garantiam que os réus faziam um bom negócio ao trocar as labaredas eternas do Inferno por umas chamuscadelas que apenas os levariam desta vida. A expressão mudou de sentido, no século 19, quando Napoleão III a usou para se referir aos que entravam em combate pela primeira vez. Hoje, Batismo de Fogo significa qualquer situação crítica em que alguém têm de apresentar um bom desempenho.

Bicho-de-sete-cabeças
Tem origem na mitologia grega, mais precisamente na lenda da Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que, ao serem cortadas, renasciam. Matar este animal foi uma das doze proezas realizadas por Hércules. A expressão ficou popularmente conhecida, no entanto, por representar a atitude exagerada de alguém que, diante de uma dificuldade, coloca limites à realização da tarefa, até mesmo por falta de disposição para enfrentá-la.

Cada Um Puxa a Sardinha Para Sua Lata
Sardinha é peixe pequeno que pode ser consumido fresco (frita) ou em conserva (no óleo ou no molho de tomate). Recebeu esse nome por ter sido descoberta nas proximidades da Sardenha (Itália). Como vive em cardume, são sempre pescados em grupos, cada um dos pescadores tirando a sardinha da água e pondo em sua lata.

Calcanhar de Aquiles

A mãe de Aquiles, Tétis, com o objetivo de tornar seu filho invulnerável, mergulhou-o num lago mágico, segurando o filho pelos calcanhares. Páris feriu Aquiles na Guerra de Tróia justamente onde? Isso mesmo, no calcanhar. Portanto, diz-se que o ponto fraco ou vulnerável de um indivíduo, por metáfora, é o calcanhar de Aquiles.

Casa da Mãe Joana 1
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana. Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

Casa da Mãe Joana 2
Na Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: "Que tenha uma porta por onde todos entrarão". O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão virou "Casa da Mãe Joana".

Chato de Galocha
A galocha era um tipo de calçado de borracha colocado por cima dos sapatos para reforçá-los e protegê-los da chuva e da lama. Por isso, há uma hipótese de que a expressão tenha vindo da habilidade de reforçar o calçado. Ou seja, o chato de galocha seria um chato resistente e insistente, explica Valter Kehdi, professor de Língua Portuguesa e Filologia da Universidade de São Paulo. De acordo com Kehdi, há ainda a expressão chato de botas, calçados também resistentes, o que reafirma a idéia do chato reforçado

Cheio de Nove Horas
Nove horas era a hora clássica do século XIX, que regulava o final das visitas e ditava o momento das despedidas. A expressão surgiu nessa época para designar alguém que ditava regras de conduta e restringia as alegrias dos outros, complicando as coisas mais simples.

Chegar de Mãos Abanando

Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem. Portanto, chagar de mãos abanando é não carregar nada.

Chorar as Pitangas
A palavra deriva de pyrang, que, em tupi-guarani, significa vermelho. Sendo assim, a provável relação da fruta com lágrimas, vem do fato de os olhos ficarem vermelhos, parecendo duas pitangas, quando se chora muito.

Colocar Panos Quentes

Significa favorecer ou acobertar coisa errada feita por outro. Em termos terapêuticos, colocar panos quentes é uma receita, embora paliativa, prescrita pela medicina popular desde tempos remotos. Recomenda-se sobretudo nos estados febris, pois a temperatura muito elevada pode levar a convulsões e a problemas daí decorrentes. Nesses casos, compressas de panos encharcados com água quente são um santo remédio. A sudorese resultante faz baixar a febre.

Com a Corda Toda
Antigamente, os brinquedos que possuíam movimento eram acionados torcendo um mecanismo em forma de mola ou um elástico, que ao ser distendido, fazia o brinquedo se mexer. Ambos os mecanismos eram chamados de "corda". Logo, quando se dava "corda" totalmente num brinquedo, ele movia-se de forma mais agitada e frenética.

Com o Rei na Barriga
A expressão provém do tempo da monarquia em que as rainhas, quando grávidas do soberano, passavam a ser tratadas com deferência especial, pois iriam aumentar a prole real e, por vezes, dar herdeiros ao trono, mesmo quando bastardos.

Comer Com os Olhos
Soberanos da África Ocidental não consentiam testemunhas às suas refeições. Comiam sozinhos. Na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa fúnebre consistia num banquete oferecido aos deuses em que ninguém tocava na comida. Apenas olhavam, "comendo com os olhos". A propósito, o pesquisador Câmara Cascudo diz que certos olhares absorvem a substância vital dos alimentos.

Como Sardinha em Lata
A palavra sardinha vem do latim sardina. Designa o peixe abundante na Sardenha, conhecida região da Itália. É um alimento apreciado e nutritivo, de sabor bem peculiar. As sardinhas, quando enlatadas em óleo ou em outro molho, vêm coladas umas às outras. Por analogia, usa-se a expressão popular sardinha em lata para designar a superlotação de veículos de transporte público.

Conto do Vigário
Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas, a escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. Mais tarde foi descoberto que um dos vigários havia treinado o burrico a sempre voltar para a sua paróquia. Dessa forma o conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

Cor de Burro Quando Foge
A frase original era "Corro do burro quando foge". Isso por sero o burro enraivecido um animal muito perigoso. A tradição oral foi modificando a frase original.

Cutucar a Onça Com Vara Curta
Trata-se de uma brincadeira que faziam com Dom João VI, famoso por seu pinto pequeno. "Onça" era o apelido (entre os serviçais) de Dona Carlota Joaquina, que, dizem, batia em D. João, porque ele nem sempre gostava de abusar da situação sexual. Não se sabe ao certo se por causa da vara curta.

Dar Com os Burros n’Água
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

Dar de Mão Beijada
Tem origem no ritual das doações ao rei ou ao papa. Em cerimônia de beija-mão, os fiéis mais abastados faziam as suas ofertas que podiam ser terras, prédios e outras dádivas generosas. Desde então, a expressão simboliza favorecimentos.

Dar Uma Canja
Remonta aos anos 60, no Clube dos Amigos do Jazz - conhecido pela sigla CAMJA. Lá os instrumentos eram deixados à disposição dos frequentadores do clube, que se aventuravam em improvisos. Assim, "dar uma canja" é tocar de improviso, sem planejamento, de graça.

De Cabo a Rabo
Durante o período das grandes navegações portuguesas, era comum se dizer total conhecedor de algo, quando se conhecia este algo de "cabo a rabah", ou seja, como de fato conhecer todo o continente africano, da Cidade do Cabo ao Sul, até a cidade de Rabah, no Marrocos, rota de circulação total da África com destino às Índias.

De Pequenino é Que Se Torce o Pepino
Os agricultores que cultivam os pepinos precisam dar a melhor forma a eles. Deles é Retirado uns olhinhos para que os pepinos se desenvolvam. Se não for feita esta pequena poda, os pepinos não crescem da melhor maneira, gerando uma rama sem valor com gosto desagradável. Assim como é necessário dar a melhor forma aos pepinos, também é preciso moldar o caráter das crianças o mais cedo possível.

Deixar de Nhenhenhém
Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

Do Arco-da-velha
Coisas do arco-da-velha são coisas inacreditáveis, absurdas. Arco-da-velha é como é chamado o arco-íris em Portugal, e existem muitas lendas sobre suas propriedades mágicas. Uma delas é beber a água de um lugar e devolvê-la em outro, tanto que há quem defenda que "arco-da-velha" venha de arco da bere (de beber, em italiano).

Dourar a Pílula
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remédio. A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo ruim.

Elefante Branco
A expressão vem de um costume do antigo reino de Sião, situado na atual Tailândia, que consistia no gesto do rei de dar um elefante branco aos cortesãos que caíam em desgraça. Sendo um animal sagrado, não podia ser posto a trabalhar. Como presente do próprio rei, não podia ser vendido. Matá-lo, então, nem pensar. Não podendo também ser recusado, restava ao infeliz agraciado alimentá-lo, acomodá-lo e criá-lo com luxo, sem nada obter de todos esses cuidados e despesas. Daí o ditado significar algo que se tem ou que se construiu, mas que não serve para nada.

Eles Que São Brancos Que Se Entendam
Esta foi uma das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um negro, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

Errar é Humano
Frase do escritor latino Sêneca, o filósofo perceptor do imperador Nero. Sêneca foi bom professor, mas seu aluno desvairado decretou-lhe morte das mais cruéis, ordenando que cortasse os próprios pulsos. O filósofo escreveu diversos livros, entre diálogos, tratados e cartas, e seus ensinamentos estavam baseados na doutrina dos estóicos. São-lhe atribuídas à autoria de obras célebres como Medéia, As Troianas e Fedra. Teólogos cristãos, quando citam a frase, costumam emendá-la, escrevendo: "errare humanum est, sed perseverare in erro autem diabolicum". "Errar é humano, mas perseverar no erro é diabólico".

Erro Crasso
Na Roma antiga, o poder era dividido por três pessoas. O primeiro triunvirato era constituído pelos generais Caio Júlio, Pompeu e Crasso. Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as formações romanas clássicas e simplesmente atacar. Escolhendo ainda um caminho estreito e de pouca visibilidade. Os partos, mesmo em menor número, conseguiram vencer os romanos, sendo que Crasso foi um dos primeiros a morrer. Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, diz-se que se trata de um erro crasso.

Estar Com a Corda no Pescoço
O enforcamento foi, e ainda é em alguns países, um meio de aplicação da pena de morte. A metáfora nasceu de anistias ou comutações de pena chegadas à última hora, quando o condenado já estava prestes a ser executado e o carrasco já lhe tinha posto a corda no pescoço, situação que, de fato, é um sufoco. Hoje, o ditado significa estar ameaçado, sob pressão ou com problemas financeiros.

Estar de Paquete
Paquete, já nos ensina o Aurélio, é um das denominações de navio. A partir de 1810 chegava, um paquete mensalmente, no mesmo dia, no Rio de Janeiro. E a bandeira vermelha da Inglaterra tremulava. Daí logo se vulgarizou a expressão sobre o ciclo menstrual das mulheres. Foi até escrita uma "Convenção Sobre o Estabelecimento dos Paquetes", referindo-se, é claro, aos navios mensais.

Farinha do Mesmo Saco
"Homines sunt ejusdem farinae". Esta frase em latim (homens da mesma farinha) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. Como a farinha boa é posta em sacos diferentes da farinha ruim, faz-se essa comparação para insinuar que os bons andam com os bons enquanto os maus preferem os maus.

Favas Contadas
De acordo com o pesquisador Câmara Cascudo, antigamente, votavam-se com as favas brancas e pretas, significando sim ou não. Cada votante colocava o voto, ou seja, a fava, na urna. Depois vinha a apuração pela contagem dos grãos, sendo que quem tivesse o maior número de favas brancas estaria eleito. Atualmente, significa coisa certa, negócio seguro.

Fazer Ouvidos de Mercador
Orlando Neves, autor do Dicionário das Origens das Frases Feitas, diz que a palavra mercador é uma corruptela de marcador, nome que se dava ao carrasco que marcava os ladrões com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor. No caso, fazer ouvidos de mercador é uma alusão a atitude desse algoz, sempre surdo às súplicas de suas vítimas.

Fila Indiana
Tem origem na forma de caminhar dos índios americanos, que, desse modo, encobriam as pegadas dos que iam na frente.

Gato Pingado
Esta expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar óleo fervente em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência reduzida, tal era a crueldade, a expressão gato pingado passou a significar pequena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer evento.

Guardar a Sete Chaves
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.

Jurar de Pés Junto
A expressão surgiu das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para confessar seus crimes.

Lágrimas de Crocodilo
O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima. Daí a expressão significar choro fingido.

Macaco Velho Não Mete a Mão em Cumbuca
A origem do provérbio vem da África. Lá, para apanhar macacos vivos, destinados à zoológicos ou circo, usa-se colocar pedaços de açúcar em uma cumbuca (cabaça), presa por cordas a uma árvore. Na cabaça faz-se um pequeno orifício, suficiente apenas para passar a mão do macaco aberta. Os macacos, sentindo cheiro do açúcar, põem a mão na cumbuca, pegam o tablete, mas ao puxar a mão ela já não passa pelo pequeno buraco. Por não renunciarem ao açúcar, não abrem a mão e ficam presos e são capturados.

Mais Vale Um Pássaro na Mão Que Dois Voando
Significa que é melhor ter pouco que ambicionar muito e perder tudo. É tradição de antigos caçadores. Eles achavam melhor apanhar logo a ave que tinham atingido de raspão, antes que ela fugisse, do que tentar atirar nas que estavam voando e errar o alvo.

Maria Vai Com as Outras
Dona Maria I, mãe de D. João VI, enlouqueceu de um dia para o outro. Declarada incapaz de governar, foi afastada do trono.
Passou a viver recolhida e só era vista quando saía para caminhar a pé, escoltada por numerosas damas de companhia. Quando o povo via a rainha levada pelas damas nesse cortejo, costumava comentar: Lá vai Dona Maria com as outras. Atualmente aplica-se a expressão a uma pessoa que não tem opinião e se deixa convencer com a maior facilidade.

Motorista Barbeiro
Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. Assim, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

Não Entender Patavina
Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Daí que não entender patavina significa não entender nada.

Nas Coxas
As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas dos escravos. Como os escravos variavam de tamanho e porte físicos, as telhas ficavam desiguais. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

Negócio da China
A expressão foi criada durante o século XIX, época em que a Inglaterra dominou o comércio de ópio na China. A concessão de Hong Kong à Inglaterra após a Guerra do Ópio deu uma conotação ainda mais clara à expressão. Afinal, além de se compensarem por uma guerra que injustamente provocaram, os ingleses abocanharam parte do território chinês transformando-o numa ponta de lança permanente do Império Britânico na região. Com a revolução chinesa, negócio da China passou a designar toda e qualquer relação comercial proveitosa apenas para uma das partes.

Ninguém Fica Pra Semente
A semente pode guardar suas qualidades por muito tempo, antes de ser lançada à terra e germinar. Por isso, na linguagem bíblica se diz de quem vive muito além da média. A frase é também usada como metáfora, tendo essa semente o sentido de "descendência".

O Pior Cego é o Que Não Quer Ver
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

O Pomo da Discórdia
A lendária Guerra de Tróia começou numa festa dos deuses do Olimpo: Éris, a deusa da Discórdia, que naturalmente não tinha sido convidada, resolveu acabar com a alegria reinante e lançou por sobre o muro uma linda maçã, toda de ouro, com a inscrição "à mais bela". Como as três deusas mais poderosas: Hera, Afrodite e Atena disputavam o troféu, Zeus passou a espinhosa função de julgar para Páris, filho do rei de Tróia. O príncipe concedeu o título a Afrodite em troca do amor de Helena, casada com o rei de Esparta. A rainha fugiu com Páris para Tróia, os gregos marcharam contra os troianos e a famosa maçã passou a ser conhecida como "o pomo da discórdia", que hoje indica qualquer coisa que leve as pessoas a brigar entre si.

OK
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 Killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação.

Onde Judas Perdeu as Botas
Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos.

Pagar o Pato
A expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal. Amarrava-se um pato a um poste e o jogador, em um cavalo, deveria passar rapidamente e arrancá-lo de uma só vez do poste. Quem perdia era que pagava pelo animal sacrificado. Sendo assim, passou-se a empregar a expressão para representar situações onde se paga por algo sem ter qualquer benefício em troca.

Pensando na Morte da Bezerra
Esta é bíblica. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificados para Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, se opôs. Em vão. A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou o resto da vida sentado do lado do altar "pensando na morte da bezerra". Consta que meses depois veio a falecer.

Pior a Emenda do Que o Soneto
Certo candidato a escritor apresentou um soneto de sua autoria ao poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, pedindo-lhe que marcasse com cruzes os erros encontrados. Bocage leu tudo, mas não marcou cruz nenhuma, alegando que elas seriam tantas que a emenda ficaria ainda pior do que o soneto. A expressão ficou na boca do povo como alusão a alguém que, ao corrigir um erro cometido, em vez de melhorá-lo, piorou-o.

Pôr a Carapuça
Na época da Santa Inquisição os condenados eram obrigados a vestir trajes ridículos para comparecer aos julgamentos. Além de usarem uma túnica com o formato de um poncho, precisavam colocar sobre a cabeça um chapéu longo e pontiagudo, conhecido como carapuça. Daí a expressão pôr a carapuça ou assumir a culpa.

Pôr em Pratos Limpos
Quando, em 1765, foi aberto o primeiro restaurante, na França, estabeleceu-se que a conta seria paga após a pessoa comer, ao contrário do que depois veio a acontecer com os lanches rápidos. Quando o garçom vinha cobrar a conta e o cliente ainda não havia feito a sua refeição, os pratos limpos eram a prova que ele nada devia. Atualmente, significa esclarecer uma situação nebulosa.

Para Inglês Ver
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas “para inglês ver”.

Queimar as Pestanas
Antes do aparecimento da eletricidade, recorria-se a uma lamparina ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar num momento de descuido queimar as pestanas. Por essa razão, aplica-se àqueles que estudam muito.

Quem Não Tem Cão Caça Com Gato
Na verdade a expressão com o passar dos anos se adulterou. Inicialmente se dizia “quem não tem cão caça como gato”, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

Quintos dos Infernos
Durante o século 18, os portugueses cobravam diversos impostos no Brasil, entre os quais a quinta parte (20%) de todo o ouro extraído. Depois da coleta, esses impostos – chamados de quintos - eram enviados para Portugal. O povo da metrópole, que achava que o Brasil ficava no fim do mundo, dizia: “Lá vem a nau dos quintos dos infernos”.

Rasgar Seda

A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.

Salvo Pelo Gongo (já esclarecido aqui no blog)
O ditado tem origem na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Só que, às vezes, ao abrir os caixões, os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época). Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo.

Sangria Desatada
Diz-se de qualquer coisa que requer uma solução ou realização imediata. Esta expressão teve origem nas guerras, onde se verificava a necessidade de cuidados especiais com os soldados feridos. É que, se por qualquer motivo, se desprendesse a atadura posta sobre as feridas, o soldado morreria, por perder muito sangue.

Sem Eira Nem Beira
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Estar sem eira nem beira significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no raciocínio.

Sem Papas na Língua
Significa ser franco, dizer o que sabe, sem rodeios. A expressão vem da frase castelhana no tener pepitas em la lengua. Pepitas, diminutivo de papas, são partículas que surgem na língua de algumas galinhas, é uma espécie de tumor que lhes obstrui o cacarejo. Quando não há pepitas, a língua fica livre.

Surdo Como Uma Porta
Os antigos romanos faziam oferendas à deusa porta, suplicando-lhe favores. Beijavam-na, olhavam-na com lágrimas, perfumavam-na e enfeitavam-na com flores quando os pedidos eram atendidos. Quando, porém, a porta se mostrava surda às solicitações, era ofendida com diversos impropérios que visavam castigar sua surdez. O costume foi registrado pelo escritor romano Festus, no século 4.

Tapar o Sol Com a Peneira
Peneira é um instrumento circular de madeira com o fundo em trama de metal, seda ou crina, por onde passa a farinha ou outra substância moída. Qualquer tentativa de tapar o sol com a peneira é inglória, uma vez que o objecto é permeável à luz. A expressão teria nascido dessa constatação, significando atualmente um esforço mal sucedido para ocultar uma asneira ou negar uma evidência.

Testa de Ferro
O Duque Emanuele Filiberto di Savoia, conhecido como Testa di Ferro foi rei de Chipre e Jerusalém. Ele tinha somente o título e nenhum poder verdadeiro. Daí a expressão ser atribuída a alguém que aparece como responsável por um negócio ou empresa sem que o seja efetivamente.

Tirar o Cavalo da Chuva
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

Tudo Como Dantes no Quartel de Abrantes
O povo português respondia com essa expressão quando perguntado sobre como as coisas iam em seu país, na época da primeira invasão francesa, comandada pelo general Junot, que instalou seu quartel-general em Abrantes.

Vá Se Queixar ao Bispo
No tempo do Brasil colônia, por causa da necessidade de povoar as novas terras, a fertilidade na mulher era um predicado fundamental. Em função disso, elas eram autorizadas pela igreja a transar antes do casamento, única maneira de o noivo verificar se elas eram realmente férteis. Ocorre que muitos noivinhos fugiam depois do negócio feito. As mulheres iam queixar-se ao bispo, que mandava homens atrás do fujão.

Vai Tomar Banho

Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem “tomar banho”.

Ver Passarinho Verde

O passarinho em questão é uma espécie de periquito verde. Conta uma lenda que alguns românticos rapazes do século passado adestravam o bichinho para que ele levasse no bico uma carta de amor para a namorada. Assim, o casal de apaixonados tinha grandes chances de burlar a vigilância de um paizão ranzinza.

Vira-casaca
Carlos Manuel III, duque de Savóia e rei da Sardenha, sempre ameaçado, ora pela Espanha, ora pela França, usava as cores nacionais de uma dessas nações, de acordo com a aliança do momento. Daí chamar de vira-casaca a pessoa que muda frequentemente de opnião, de partido político, de idéias, conforme a conveniência própria.

Voto de Minerva
Na Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de tê-la assassinado. No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da Sabedoria, o voto decisivo.  O réu foi absolvido, e Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.



FONTE:
Terra Magazine
Cola da Web
Reto do Nada
Cultura Nordestina
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Reporter Net

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